segunda-feira, 16 de março de 2009

Жирафы!

Saudações absortos leitores.


Inspirado pelos astros nessa segunda feira, num ápice de estro iluminado pela lua noturna, trago a vocês, além de uma bela poesia de Maiakovsky (um poeta russo da vanguarda futurista do séc. XX), um ensaio científico-metodológico sobre o chamado 'efeito Shubluff', que assola um dos momentos mais meditabundos da humanidade e que, desde tempos imemoriais, está incólume frente uma solução definitiva. Espero que aproveitem. Meus sinceros amplexos.



Жирафы!, de Mayakovsky

No cume daquela serra,
eu plantei uma roseira.
O mato no cume cresce,
a rosa no cume cheira.

Na hora do entardecer,
tudo no cume aparece.
Vagalumes no cume brilham,
cobra no cume aparece.

Quando cai a chuva fina,
salpicos no cume caem.
Lagartos no cume entram,
abelhas no cume saem.

Mas depois qua a chuva cessa,
no cume volta a alegria.
Voltando a brilhar depressa,
o sol que no cume ardia.


Segue agora o ensaio sobre o hermético efeito Shubluff, de autoria de Yuri Artsutanov. Cientista e estudioso russo, nascido em Leningrado e graduado no Leningrad Technological Institute, Artsutanov lança uma luz sobre o nebuloso tema, elucidado de forma coloquial e espontânea sem, todavia, omitir os detalhes sutis de sua detalhada pesquisa.


"Acredito que ao cagar a maioria de vocês, camaradas, já tenham molhado a bunda na água fétida que o cagalhão levanta ao cair na água do vaso. Todos, ainda que intuitivamente, já devem ter feito uso de alguma técnica visando evitar o efeito Shubluff. Aproveitarei a ocasião para discorrer sobre as técnicas desenvolvidas em anos de pesquisa:

1° Posicione o ânus o mais próximo possível da tábua. Assim, a barrola desce rolando pela louça. Com a queda amortecida, o saci-sem-perna mal-cheiroso não provoca o temido efeito Shubluff.
2° Crie uma “balsa” de papel higiênico. Conhecida como 'efeito hovercraft', essa técnica parte do pressuposto de que a merda será amortecida ao bater na “balsa”, evitando o efeito Shubluff.
3° Essa técnica é conhecida como cag'n run. Consiste em cagar no meio da privada e tirar a bunda rapidamente antes que o chafariz barrento atinja a raba. A técnica exige reflexo, explosão muscular e uma coordenação motora razoável.

Observação: há varios casos em que o cagante pode ser enganado pelo cocô do tipo "2 estágios". O caso em que o cagante pensa que se livrou do charutão e, sem nada poder fazer, vê uma badalhoca cair dentro da cueca ou aquele pingo de merda estatelado no chão. Portanto, nada mais sensato que a recomendação de cuidado extremo a fim de evitar o efeito Shubluff."

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